sábado, 29 de março de 2008

Sentrilha - Olá

No dia 24 de Março estive na Sentrilha. Já há muito tempo que não visitava este lugar. Até o burro deitou a cabeça de fora para me saudar! Pelo que me contaram, tem sempre manifestações de contentamento quando nota a presença de humanos a passar no caminho. Até os animais gostam de companhia.

sexta-feira, 28 de março de 2008

Em Codeçais


Entrei em Codeçais pela Rua da Portela. Rapidamente me senti apertado, mesmo no meu carro estreito.

Codeçais
não é aldeia para se percorrer de carro. Estacionei no primeiro espaço suficiente que encontrei, algures próximo da Rua da Mina. Exploraria primeiro todas as ruas, a pé, e procuraria depois uma saída.

Mal larguei o carro, fascinou-me a quietude da aldeia. Mesmo a meio da manhã, a mistura de cores, as portas cheias de rugas do tempo, os alpendres, a irregularidade das ruas e, sobretudo, a omnipresença do granito chamavam a objectiva.


O dia estava sombrio, por isso optei por captar a alma da aldeia nos pequenos pormenores. As datas gravadas nas ombreiras de portas e janelas atestam a idade das pedras e a fixação do homem nestas paragens. Curiosamente a história de Codeçais não está ligada ao altaneiro castelo de Anciães, mas sim ao concelho de Freixiel, a que deve ter pertencido desde a sua fundação em 1195, até à sua extinção em 1836.

Durante o séc. XV e XVI Codeçais pertencia à paróquia de Santo Amaro (Pereiros e Codeçais). Nos registos da visita feita pelo Comendador Frei Dom José Telles, da Comenda de Santa Maria Madalena de Freixiel (anexa à Comenda de Poiares), em Julho de 1766, afirma-se que a capela de Codeçais tinha sido feita à dez ou doze anos. O seu retábulo dourado e pintado, era da antiga capela, pelo que se depreende a existência de uma capela anterior.


Foi para a igreja que me dirigi, subindo a íngreme Rua da Igreja (o campo de futebol fica próximo). Talvez para me saudarem, os sinos do sóbrio campanário, tocaram uma suave melodia. Tão suave que se deixou levar pela brisa que soprava em direcção ao rio. Escondido atrás de uma corneta, no campanário, está um bonito relógio de sol, relevado para segundo plano.
Animado pela paisagem, continuei a subir até chegar ao cemitério. Trepei a uma fraga onde se encontra pregada um cruz branca, sentei-me e admirei tudo em redor. A pequena aldeia tem outro aspecto, vista de cima. Na parte mais antiga, os telhados antigos alternam com telhados recentes de casas recuperadas, mas no Bairro Novo adivinham-se boas e bonitas casas. O meu olhar voou para além rio, até à Sobreira e Carlão, mas logo voltaram à tranquilidade das ruas a meus pés.

Desci à aldeia. Percorri as ruas, espreitei os becos, admirei os restos do dia a dia em muitas casas abandonadas. Por fim, cheguei ao seu coração, o Largo do Cruzeiro. Este cruzeiro do Senhor dos Aflitos, datado de 1863, testemunha o viver de Codeçais, principalmente aos Domingos, quando o sol está mais convidativo. Também aqui não encontrei ninguém. Nem vestígios de um comércio, de uma taberna, nada, uma tranquilidade absoluta. Desci a Rua do Olmo, depois à Rua da Santrilha e ainda à Rua da Barreira, só me faltou mesmo a Rua do Vale e a Rua da Fonte. A escola estava lá, abandonada, ainda mais abandonada do que o resto da aldeia.
Fui buscar o carro e fui nele até ao Bairro Novo. A tentação para descer até ao Rio Tua foi grande, mas, essa será outra Descoberta, para fazer noutro dia.

quarta-feira, 26 de março de 2008

Próximas Fotografias - Votação

Coloquei hoje online uma votação chamada "Próximas Fotografias". Na margem direita do Blog, bem ao fundo, é possível seleccionar de 1 a 3 freguesias, aldeias ou lugares, como motivo das minhas próximas fotografias. A votação é simples: basta clicar nos quadradinhos que antecedem o nome da freguesia ou lugar, em número de 1 a 3 e depois clicar no botão vermelho que está no final da listagem e que diz VOTAR. Só é possível uma votação por computador por isso pensem bem antes de votarem.
Não prometo respeitar plenamente a votação, mas prometo esforçar-me por ir de encontro aos visitantes do Blog. Já recebi bastante feedback principalmente de algumas aldeias, como Fontelonga, Samorinha, Marzagão, etc. mas doutras nem sei se alguém viu as fotografias. Há outros motivos que gosto de fotografar e que não estão na listagem, como por exemplo a flora, paisagens e festas e romarias.
É mais uma forma facilitar alguma interacção uma vez que muitas das pessoas que visitam o blog, optam por não deixar nenhuma mensagem.

A fotografia de hoje foi tirada no Pinhal do Norte, do adro da igreja, no dia 24 de Março de 2008.

terça-feira, 25 de março de 2008

A caminho de Codeçais


Ontem a Descoberta levou-me até Codeçais. Esta aldeia, integra a freguesia de Pereiros, não era totalmente desconhecida para mim. Recordo pelo menos alguns arraiais (a festa principal é dia 8 de Dezembro, em honra da Imaculada Conceição), alguns jogos de futebol mas também um longo passeio fotográfico no longínquo ano de 1990.
O dia estava muito nublado e frio, mas à medida que fui descendo de Zedes até Pereiros a temperatura foi ficando mais amena.
Depois de se deixar Pereiros, mesmo junto à capela de Santo Amaro, começa a ver-se a pequena aldeia de Codeçais, exposta ao soalheiro, cravada nas rochas com as quais se confunde.
A primeira paragem aconteceu mesmo antes de chegar à aldeia. A algumas centenas de metros, numa cota menor, há um riacho que passa por debaixo da estrada. Essa água escorre do Vale dos Olmos, de bem perto da Felgueira. No silêncio dos fraguedos pude olhar as pedras das calçadas e sentir-me noutra época. Nestes recantos da natureza o tempo não passou e cada pedra, cada regato, cada agueira, representa o esforço de gerações. Atestam-no os musgos e líquenes que pendem das rochas e das árvores de fruto. O cheiro a hortas, a terra fértil, a musicalidade do canto dos pássaros que se misturam de tal forma com o silêncio, que parecem fazer parte dele, afastaram-me da estrada, alguns metros apenas.
Nos barrancos dos caminhos espreitam campainhas e aqui e além há alguma giesta florida, daquelas que nos deliciam em Maio, que espalham perfume. Há também azedas, freixos em flor, alhos selvagens com as suas flores imaculadas, tantas e tantas formas e cores que seriam necessários dias para as admirar a todas. Olhando para lá dos caminhos, nas pequenas faixas de terra, às vezes áreas mais pequenas do que a que uma cama ocupa, germinam e crescem todas a espécie de culturas: as ervilhas já têm galhas para treparem e estão prestes a florir; os feijões já germinaram; as cenouras cobrem a terra do alfobre, verdes, delicadas; as batateiras estão grandes, prontas para serem sachadas; as couves estão fortes, viçosas; os gomos das videiras já mostram pequenas folhas e as flores de pereira e pessegueiro completam o quadro. Como se toda esta verdura não fosse suficiente para humanizar todas as fragas, em cada recanto florescem narcisos e açucenas, crescem tufos de salsa e hortelã. Aqui a Primavera chegou mais cedo. As condições climatéricas em Codeçais proporcionam boas produções agrícolas e também para a produção de um Vinho Fino que faz inveja a todo o Douro.
Entrei no carro e subi até à aldeia. Um nicho com nossa senhora, rodeado de amores-perfeitos e papoilas deu-me as boas vindas.
Entrei pela primeira rua à direita, a Rua da Portela.

Esta visita continua... aqui.

segunda-feira, 24 de março de 2008

À procura das cores

Hoje tinha destinado a manhã para ir À Descoberta de algumas freguesias do concelho de Carrazeda de Ansiães. A manhã acordou fria e algo nublada mas isso não me cortou o entusiasmo.
Visitei Pereiros, Codeçais, Sentrilha, Pinhal do Norte e Areias. Tenho um bom conjunto de fotografias que mostrarei aos poucos.
A fotografia que hoje mostro foi conseguída em Codeçais, onde se podem encontrar cores muito bonitas nas casas.

domingo, 23 de março de 2008

Calçada Medieval, em Pombal


Desejo a todos os visitantes deste Blog uma Boa Páscoa.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Igreja Matriz, Carrazeda de Ansiães



Este é um pequeno pormenor do frontispício da capela de Santa Águeda, em Carrazeda de Ansiães. A mudança da sede de concelho para Carrazeda obrigou à ampliação da pequena capela que existia. O processo de ampliação foi demorado porque não havia verbas suficientes para a conclusão das obras. Esta conclusão só terá acontecido nos finais do Séc. XVIII, possivelmente quando foi talhada e colocada a pedra que se destaca na fotografia.

terça-feira, 18 de março de 2008

Mogo de Ansiães

Mogo de Ansiães, 04-04-2007.

sábado, 15 de março de 2008

Igreja de Nossa Senhora das Neves, Belver


A freguesia, antes da sua autonomia paroquial, esteve integrada na paróquia de S. Salvador, ficando, mais tarde, a pertencer à paróquia de Santa Maria Madalena de Fontelonga. Tornou-se autónoma no séc. XVI. A sua velha igreja, talvez românica, foi ampliada em 1775.
Fonte: Por Terras de Ansiães, Cristiano Morais

segunda-feira, 3 de março de 2008

Amendoeiras em Flor

Numa altura em que nas zonas mais quentes as amendoeiras em flor são cada vez menos, este é o espectáculo que ainda se pode observar no concelho de Carrazeda de Ansiães. Esta fotografia foi conseguída no dia 01 de Março, em Zedes, onde já há muitas amendoeiras floridas mas também há algumas que vão florir ao longo desta semana que agora começa.
Aproveitem para fazer um passeio pelo planalto do concelho. Se vem gente de tão longe para apreciar as amendoeiras em flor, porque razão não devemos nós mesmos gozar estes quadros maravilhosos?