segunda-feira, 31 de maio de 2010

cara de Pereiros

Quando no ano passado publiquei uma fotografia de uma bonita varanda em Pereiros, uma leitora atenta chamou a atenção para a existência, na mesma habitação, de uma cara talhada no granito conhecida como a "cara de Pereiros". Na minha seguinte visita à aldeia procurei a dita cara e não me foi difícil encontrá-la. Curiosamente situações semelhantes acontecem em muitas das aldeias do concelho, como mostrarei em breve a respeito de Mogo de Malta.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Besteiros - Capela de Santa Luzia

Besteiros é uma pequena aldeia pertencente à freguesia de Fontelonga. A capela de Santa Luzia fica situada no centro da aldeia, onde existe um espaçoso largo e um bonito jardim. Também junto a este largo há um tanque e uma fonte que jorra grandes quantidades de água.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Fontelonga (2)

Não há muito tempo fiz uma rápida passagem pela aldeia de Fontelonga. O objectivo era ter um primeiro contacto com espaço de modo a aproveitar bem o tempo numa visita futura. Numa das ruas do centro da aldeia tirei esta fotografia.À esquerda é o Centro Social e Paroquial de Fontelonga, obra pela qual lutou muito o Padre Fernando, já falecido.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Calçada do Mogo de Malta

Já visitei 3 vezes a Calçada do Mogo: a primeira aconteceu em Novembro de 2007 e as outras duas no mês de Abril de 2010.  Faz parte do património arqueológico do concelho e é um dos pontos de interesse a visitar na aldeia.
Trata-se de uma calçada formada por lages de granito, algumas de grande dimensão, que descem a encosta voltada para o vale da Ribeira da Cabreira. Em conversa com alguns habitantes de Mogo de Malta, disseram-me que se lembravam de comporem a calçada, mas não me souberam dizer se foram pequenos arranjos ou se uma interversão mais profunda. Naturalmente que não se tratava da preservação da calçada por interesse arquiológico mas sim porque ela ainda era usada para acesso a algumas propriedades havendo, portanto, quem dela necessitasse. Agora as coisas mudaram um pouco. Há melhores acessos.
Embora muitas vezes se atribua a estas calçadas, e no concelho de Carrazeda há várias, a designação de romanas, elas são, na maior parte das vezes, de construção muito posterior. Neste caso concreto, a cronologia é indeterminada.
Uma análise mais atenta, mesmo de um leigo como eu, permite verificar que algumas das rochas usadas são bastante grandes e os cortes parecem ser relativamente recentes. Não são visíveis mascas de rodados de carros a não ser nalguns pontos, muito pouco significativos. O declive é muito acentuado, sendo possível um traçado melhor a poucas centenas de metros de distância passando por exemplo pelo Amêdo ou pela Fraga do Medo. Embora se aponte esta calçada como possível ligação a Freixiel, custa-me a crer que fosse a principal via de comunicação entre estas duas localidades, inclinando-me mais para a utilização da calçada para acesso aos campos cultivados.
De qualquer forma, dada a importância da calçada para o Mogo e para o concelho e ao potencial número de visitantes, parece-me que a mesma deveria estar mais cuidada. Houve, em tempos, alguns desentendimentos entre a Junta de Freguesia de Mogo de Malta e a Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães. Está mais do que na hora dessas questões serem ultrapassadas. Há lixo espalhado em vários locais, muito mesmo! É importante que os residentes tenham mais zelo, é a sua freguesia que está em cheque. Também as giestas e arçãs crescem descontroladamente em todo o lado.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Ribalonga (I)

Já era tempo de aparecer no Blogue uma fotografia de Ribalonga! Esta é a primeira, mas outras virão, porque esta aldeia é tão bonita como as restantes.
Neste fotografia sentimos o "cheirinho" de Maio e adivinha-se um viticultor que trata as suas videiras para que a colheita seja boa. Em Ribalonga costuma ser...

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Tapetes primaveris 2

Mais uma fotografia ilustrativa da Primavera, tirada em Zedes, em Maio de 2010.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Belver (2)

Rua em Belver (02-05-2010). Não sei ao certo o nome desta rua. A fotografia foi tirada no final da Rua da Atafona, já perto da Rua Marechal Gomes da Costa.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Tapetes primaveris

No Domingo passado, numa visita que fiz a Zedes fiquei fascinado com o tapete de flores amarelas que se espalha por muitos hectares. Toda a área que ardeu no Verão passado, que infelizmente foi muita, apresenta este aspecto, muito pouco usual e bastante bonito. Na zona do Barreiro, no cruzamento para Folgares, há zonas com autênticos tapetes primaveris.

domingo, 2 de maio de 2010

Marzagão - Nª Sª do Rosário

Passados 3 anos da minha primeira visita a Marzagão, voltei hoje, precisamente em dia de festa! Tal como na primeira visita, ainda eram visíveis alguns ramos de maias nas portas das casas, hábito ainda vivo no primeiro dia de Maio, para que traga fartura à casa e afaste todo o mal.
No primeiro Domingo de Maio festeja-se Nossa Senhora do Rosário. É uma das festas mais importantes da freguesia, juntamente com a festa ao padroeiro, S. João. O culto a Nª Sª do Rosário é muito antigo, data do início do Séc. XIII, mas o seu alastramento a toda a igreja católica deve ter acontecido no Séc. XVI com o Papa Gregório III. Assim se entende que no Séc. XVII existissem no concelho de Carrazeda de Ansiães 23 confrarias dedicadas a Nossa Senhora do Rosário, entre as quais a de Marzagão. Estas confrarias eram constituídas por grupos de paroquianos e tinham por objectivo dinamizar o culto, mas também praticar a caridade e apoiar a alma dos seus confrades para além da morte. A confraria de Santa Eufémia, da Lavandeira foi, sem dúvida, a maior que existiu no concelho, seguindo-se-lhe a de Nossa Senhora do Rosário, em Marzagão, com 12 mil irmãos espalhados por Trás-os-montes e Beiras. Estas confrarias funcionavam também como bancos emprestando dinheiro a juros. Quando o particular não conseguia pagar a confraria ficava com os seus bens. Desta forma o património das confrarias era constantemente aumentado. Como mostram as gravações nos portais de várias casas, a história do povoado está fortemente ligado à confraria.
Actualmente são poucas as confrarias que ainda se mantêm vivas. Porque se mantém a de Nossa Senhora do Rosário? A importância de Marzagão seguiu em sentido inverso à decadência de Ansiães (castelo). O número de irmãos, os elevados rendimentos e a importância dos mesmos, uma vez que muitos dos que pediam dinheiro emprestado eram de origem fidalga, e, penso que também tenha tido algum peso a importância do culto mariano em Portugal, fizeram com que esta confraria se tenha mantido até hoje.
A realização da festa foi também uma boa oportunidade para recordar o interior da igreja. Existe gravada numa pedra da parede lateral uma mensagem onde consta ao ano de 1575 como o ano da transladação da igreja de S. João Baptista do castelo de Ansiães para Marzagão. Informa também que a igreja foi reformulada no ano de 1765. Dos altares chama a atenção, como seria de esperar, aquele que é ocupado por Nossa Senhora do Rosário. Toda a nave da igreja está coberta de caixões pintados! São Muitos! Também a capela-mor está coberta com o mesmo género de caixões embora aqui, não sei se são mais antigos, as pinturas estão mais deteriorados. Há 99 no corpo do templo e 45 na capela-mor.
Havia quatro andores preparados para saírem na procissão, dois deles eram o de Nossa Senhora do Rosário e o de S. João.

Aproveitei o tempo de espera pelo início da Eucaristia para percorrer algumas ruas da aldeia começando pela rua de S. João Baptista. Tomei um café num espaço muito agradável, que desconhecia. A taberna que existia há bastantes anos atrás, está fechada.
Visitei também a capela de S. João. Quando eu conheci aquele espaço era um palheiro, por isso fiquei bastante satisfeito com o trabalho de recuperação que foi feito. Aqui encontrei alguns objectos de arte sacra e imagens de santos. Também aqui estava exposta uma antiga imagem de Nossa Senhora do Rosário. Num cartaz podia ler-se que os mantos da Senhora eram colocados sobre as mulheres prestes a dar à luz, na esperança de que com esse acto não haveria problemas no parto.

Regressei ao Largo da Igreja, estava prestes a começar a Eucaristia. Celebraram três sacerdotes, com a Banda Musical de S. João da Pesqueira a darem um colorido musical à festa religiosa. O sermão foi feito pelo Sr. Padre Bernardo, que foi pároco em Marzagão há algumas décadas atrás. Como este padre tem um gosto especial pela história, o sermão foi mais uma aula de história do que um apelo à fé. Gostei.
Às dezassete e trinta saiu a procissão que percorreu as principais ruas da aldeia.
Para a noite estava preparado um animado arraial.