Hoje foi Domingo de Ramos. Estive em várias aldeias do concelho, mas escolhi para mostrar duas fotografias que tirei em Pinhal do Norte, porque, precisamente esta foi a última aldeia de que falei no Blogue.
A bênção dos ramos aconteceu em frente à capela de S. Bartolomeu, no Largo do Terreiro. O sr. Padre Bernardo, com quem tive o prazer de conversar depois da celebração que fez em Zedes, presidiu também às cerimónias no Pinhal.
Chamou-me a atenção em Pinhal, os volumosos ramos que as pessoas levaram para serem benzidos. A par da oliveira, árvore sagrada, e do rosmaninho, quase todos tinham loureiro, que não estou habituado a ver! Com a proximidade do rio Tua pensei que alguns ramos poderiam ter bucho, mas não parece ser esse o habito, nestas paragens. O bucho é usado nalgumas aldeias de Mogadouro, próximas do rio Sabor, onde o bucho é endémico.
domingo, 17 de abril de 2011
sexta-feira, 8 de abril de 2011
1 dia por terras de Ansiães (04)
Não tenho dado continuidade à rubrica 1 Dia por Terras de Ansiães, não porque eles não tenham acontecido, mas simplesmente porque os dias têm 24 horas, e, por vezes, são poucas.
Hoje passei mais 1 Dia por Terras de Ansiães. Entrei pela Brunheda, vindo de Milhais e Sobreira, onde me deliciei com as encostas das montanhas pintadas como se fossem telas. São as urzes, carqueja, giestas e sargaços que criam manchas de cores dignas dos mais afamados artistas.
Antes de atravessar a ponte dobre o Tua ainda subi algumas centenas de metros de forma a puder apreciar a obra de engenharia que estão a construir. Trata-se de uma nova ponte sobre o rio, que vai integrar o IC5. Começa a ganhar forma e, aqui e entre Areias e Amedo, são dois pontos onde o betão vai levar o traçado pelas alturas. Não sou adepto do betão, mas o homem consegue fazer coisas fantásticas!
Nestes dias por Ansiães tenho privilegiado as sedes de freguesia e Brunheda pertence à freguesia de Pinhal do Norte. Decidi abrir uma exceção e parei o carro no largo do Olival, à sombra de enormes plátanos. Já visitei a Brunheda outras vezes, mas nunca de forma metódica, explorando todas as ruas, travessa e becos.
O panorama em Brunheda é o mesmo de todas as aldeias do concelho. Apenas me cruzei com duas ou três pessoas, quase todas idosas. Não se ouve o choro de um bebé ou o sorriso de uma criança. A escola primária é agora sede de uma associação, ponto de encontro aos domingos. Os jardins estão floridos como da última vez que aí estive.
Pela primeira vez percorri toda a rua Augusto Martins. É longa e levou-me a lugares onde nunca tinha estado. Um desses lugares foi aos tanques de lavar, agora sem uso. Trata-se de uma construção interessante, em granito, aparelhado, que estão bem preservados e limpos. Daí se tem uma bela vista em direção ao rio e a Carlão.
A paragem seguinte foi em Pinhal do Norte. Também não foi a minha primeira visita a esta aldeia. Curiosamente encontrei uma convocatória da Junta de freguesia com uma interessante fotografia da aldeia tirada por mim!
Almocei no Largo do Terreiro, à sombra da capela de S. Bartolomeu. Senti-me um privilegiado. A tranquilidade, o som dos pássaros e da água a jorrar da fonte condimentaram o farnel.
Após uma visita à bonita igreja matriz, afastei-me do povoado em busca das capelas da Senhora dos Aflitos e de Santa Marinha. Sempre que passava na estrada olhava para a capela de Santa Marinha e imaginava visitá-la um dia. Finalmente o dia chegou.
Apeteceu-me ficar junto dela, à sombra, com o perfume de vincas e violeta. A tarde não estava muito agradável, circulavam pelo ar nuvens de pólen dos pinheiros juntamente com poeira vinda da estrada em construção nas proximidades. Até a água do ribeiro corria completamente cheia de lodo!
De volta à aldeia, percorri algumas das ruas que desconhecia, como a Rua da Escola. Fiquei admirado com o espaço que há à frente da escola e também junto a um café, ali próximo. Só é pena que já não haja crianças apara aí brincarem.
Perdido, de rua em rua, fui encontrado pelo senhor Manuel, que me ofereceu um copo. Aceitei, o vinho do Pinhal não é de se recusar. No fresco da adega conversámos até ao fim da tarde. Quando tinha finalmente chegado à conversa com as pessoas o dia chegou ao fim. Senti pena, mas haverá outras oportunidades para descobrir mais alguns dos recantos e encantos de Pinhal do Norte.
Hoje passei mais 1 Dia por Terras de Ansiães. Entrei pela Brunheda, vindo de Milhais e Sobreira, onde me deliciei com as encostas das montanhas pintadas como se fossem telas. São as urzes, carqueja, giestas e sargaços que criam manchas de cores dignas dos mais afamados artistas.
Antes de atravessar a ponte dobre o Tua ainda subi algumas centenas de metros de forma a puder apreciar a obra de engenharia que estão a construir. Trata-se de uma nova ponte sobre o rio, que vai integrar o IC5. Começa a ganhar forma e, aqui e entre Areias e Amedo, são dois pontos onde o betão vai levar o traçado pelas alturas. Não sou adepto do betão, mas o homem consegue fazer coisas fantásticas!
Nestes dias por Ansiães tenho privilegiado as sedes de freguesia e Brunheda pertence à freguesia de Pinhal do Norte. Decidi abrir uma exceção e parei o carro no largo do Olival, à sombra de enormes plátanos. Já visitei a Brunheda outras vezes, mas nunca de forma metódica, explorando todas as ruas, travessa e becos.
O panorama em Brunheda é o mesmo de todas as aldeias do concelho. Apenas me cruzei com duas ou três pessoas, quase todas idosas. Não se ouve o choro de um bebé ou o sorriso de uma criança. A escola primária é agora sede de uma associação, ponto de encontro aos domingos. Os jardins estão floridos como da última vez que aí estive.
Pela primeira vez percorri toda a rua Augusto Martins. É longa e levou-me a lugares onde nunca tinha estado. Um desses lugares foi aos tanques de lavar, agora sem uso. Trata-se de uma construção interessante, em granito, aparelhado, que estão bem preservados e limpos. Daí se tem uma bela vista em direção ao rio e a Carlão.
A paragem seguinte foi em Pinhal do Norte. Também não foi a minha primeira visita a esta aldeia. Curiosamente encontrei uma convocatória da Junta de freguesia com uma interessante fotografia da aldeia tirada por mim!
Almocei no Largo do Terreiro, à sombra da capela de S. Bartolomeu. Senti-me um privilegiado. A tranquilidade, o som dos pássaros e da água a jorrar da fonte condimentaram o farnel.
Após uma visita à bonita igreja matriz, afastei-me do povoado em busca das capelas da Senhora dos Aflitos e de Santa Marinha. Sempre que passava na estrada olhava para a capela de Santa Marinha e imaginava visitá-la um dia. Finalmente o dia chegou.
Apeteceu-me ficar junto dela, à sombra, com o perfume de vincas e violeta. A tarde não estava muito agradável, circulavam pelo ar nuvens de pólen dos pinheiros juntamente com poeira vinda da estrada em construção nas proximidades. Até a água do ribeiro corria completamente cheia de lodo!
De volta à aldeia, percorri algumas das ruas que desconhecia, como a Rua da Escola. Fiquei admirado com o espaço que há à frente da escola e também junto a um café, ali próximo. Só é pena que já não haja crianças apara aí brincarem.
Perdido, de rua em rua, fui encontrado pelo senhor Manuel, que me ofereceu um copo. Aceitei, o vinho do Pinhal não é de se recusar. No fresco da adega conversámos até ao fim da tarde. Quando tinha finalmente chegado à conversa com as pessoas o dia chegou ao fim. Senti pena, mas haverá outras oportunidades para descobrir mais alguns dos recantos e encantos de Pinhal do Norte.
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