
Ontem foi dia de um passeio “À Descoberta”, por
Carrazeda. O programa da
XII Feira da Maçã, do Vinho e do Azeite, prometia uma tarde e noite animadas: missa, procissão, feira e música da banda Metamorphosis.

O cartaz da feira, de design moderno e parco em palavras, anunciou uma
Super Nova, que pensei ser um espectáculo de astronomia, um artista mistério (
The Mistery Artist), que não era o Abrunhosa...
No dia 2 de Setembro, a Feira ganhou contornos de festa religiosa votando para o esquecimento a
Festa da Senhora da Graça, da qual tenho muitas saudades. De qualquer forma, os homens (e mulheres) de fé contavam com os
Padroeiros do Concelho, seja lá o que isso for.
O dia estava muito quente. Esperei calmamente que se iniciasse a procissão enquanto passei em revista as obras no centro da vila. Pouco depois das quatro da tarde, fui-me aproximando da igreja. Foram chegando carrinhas com andores que supostamente seriam os
Padroeiros do Concelho. A maioria das freguesias trouxe
o seu padroeiro, outras trouxeram imagens de outros santos, talvez com mais "prestígio" na freguesia ou no concelho. Algumas houve, que não se fizeram representar.
Calmamente, aproveitei para fazer fotografias, enquanto os vários andores se foram organizando.
Terminada a Eucaristia, tomei posição na rotunda, juntamente com muitas centenas de pessoas. Tal como noutros locais, a percentagem dos que participam activamente na procissão frente aos que assistem à sua passagem, é ínfima. Reinou alguma confusão se a procissão devia seguir para o Fundo da Vila mas acabou por subir para a Rua Eng. Camilo Mendonça. Um a um, foram passando os estandartes e os andores das diferentes freguesias, todos ricamente enfeitados com flores naturais. Encerrava o cortejo o andor de
Santa Águeda, padroeira de
Carrazeda de Ansiães.

Apesar das horas de maior calor já terem passado, a progressão foi lenta, demorando os andores quase duas horas a regressar junto à Igreja Matriz.

Viveu-se nesse momento um dos
pontos mais bonitos da procissão, quando todos os estandartes e andores se concentraram em volta da rotunda para uma oração final.
A
Banda de Gaita de Mazeda e a
Banda de Música de Vila Flor, que tinham acompanhado a procissão, emprestavam maior solenidade ao momento.
Quando o Sol se escondeu, os andores recolheram ao seu local de origem e eu aproveitei para visitar a igreja. Não me recordo de alguma vez ter entrado nesta igreja. O ambiente no interior era de recolhimento, com algumas pessoas rezando. A tranquilidade era tal, que senti que a minha presença, o flash da máquina não combinavam com o local e o momento. Arrisquei algumas
fotografias sem flash. A igreja é simples mas bonita.
Numa capela lateral havia uma linda imagem que me pareceu
Nossa Senhora das Dores, não sei se será. Entre muitas outras imagens, gostei também de
Santa Bárbara, à direita, próximo da entrada.
Dali dirigi-me à
feira. O bilhete era de 3 euros, mas os mais novos não pagaram. Achei caro, mas sem visitar a Feira não podia avaliar se valia, ou não, a pena.

Entrei no pavilhão, à direita e fiz um passeio de reconhecimento. O
azeite, as
maçãs, o
vinho, estavam lá todos. Também o artesanato, os casacos de peles, os livros, juntamente com a caça, o hardware, etc. Terminada a visita, preparava-me para passar ao pavilhão seguinte, mas não havia mais!

Pelo menos havia ao lado um enorme pavilhão, com meia dúzia de
restaurantes, a transbordar de clientes. A falta de expositores foi compensada pelo número de restaurantes. Havia muita gente para jantar e demorei bastante tempo a ser servido. Quando me dirigi de novo ao pavilhão, para uma visita mais demorada, um segurança disse-me que não podia entrar, ia encerrar! Só me restava a música.
A
banda,
Metamorphosis, tinha um bom conjunto de metais. O seu som era claro, ritmado, convidando à dança a cada nova música. Infelizmente as pessoas eram poucas e estavam apáticas. Vozes à parte, a banda era uma boa banda de baile, pena que o local e a disposição dos presentes não estavam para aí virados.
Foi uma tarde/noite agradável. Encontrei familiares, amigos, caminhámos um pouco, comemos e até dançámos. A feira valeu por isso. Fico à espera de mais e melhor.