terça-feira, 24 de julho de 2012

Picnic de Caminheiros (2012)


No dia 22 de julho, no parque de merendas da barragem de Fontelonga, realizou-se o 1.º Encontro de Caminheiros do concelho.
Durante o ano de 2012 realizaram-se mais de uma dúzia de caminhadas, que foram criando o hábito da caminhar e aproximando um grupo de pessoas, mais assíduas, uma após a outra caminhada. Distribuídos por várias aldeias e pela vila, estiveram presentes na maior parte das caminhadas, aproveitando o contacto com a natureza, o exercício físico mas também a amizade. Esta foi a génese do grupo, informal, diversificado em todos os aspetos, que foi ganhando forma e que decidiu juntar-se num piquenique.
Na última caminhada, em Beira Grande, já circulava a ideia de um último encontro, diferente, aberto aos familiares que não participavam nas caminhadas.
 A família Curralo, numerosa nas caminhadas, disponibilizou-se para núcleo organizador, com o "centro das operações" no Café Planalto.
Foram feitas as inscrições, com o pagamento de 5€. O grupo de caminheiros, e seus familiares, mobilizou à volta de 40 pessoas. O facto de se tratar de um picnic, e não de uma caminhada, como se poderia esperar, prende-se com vários fatores: pessoas que normalmente não caminham, idosos, crianças, etc, puderam participar; os dias estão muito quentes para caminhar; não havia ninguém responsável pela logística, por isso foram os próprios caminheiros a tratar da aquisição dos géneros, tratar da confeção e serviço.
Bem cedo, foram marcadas algumas mesas, para que a sombra não faltasse  e reservados os assadores. Às onze os aromas da carne no churrasco já recebeu os participantes que chegaram em força.
Pão, queijo, presunto, azeitonas constituíram as entradas. Foi feita uma grande quantidade de salada mista para, com pão, acompanhar a carne de porco e de vitela assadas na brasa. O almoço decorreu, sem pressas, com boa disposição e partilha. Partilha de bebidas (obrigado Baltazar, o teu vinho era ótimo), de pudins, bolos e frutas, que circulavam pelas mesas para provocação dos regimes mais apertados.
No almoço participaram alguns dos Presidentes de Junta das aldeias que colaboraram ou realizaram caminhadas. Registei a presença de Lavandeira, Beira Grande, Amedo e Carrazeda de Ansiães, mas é possível que outras estivessem também representadas. Marcaram também presença vários funcionários da autarquia, mais diretamente envolvidos no planeamento e execução das caminhadas ou que nelas participaram. O sr. Presidente da Câmara, apesar de ter uma agenda muito preenchida, fez questão de passar pelo local do piquenique, para comer a sobremesa e cumprimentar os presentes.
Durante a tarde houve tempo para tudo. Os mais ensonados fizeram uma soneca. Os mais despertos jogaram as cartas, saltaram a corda e fizeram outras brincadeiras.
No final da tarde os assadores acenderam-se de novo. O grupo já era mais reduzido mas o ambiente de festa foi o mesmo.
Estiveram no piquenique perto de meia centena de pessoas vindas dos mais variados pontos do concelho. Pessoas que (muitas) não se conheciam nos inícios de março, mas que agora se veem de outra forma.
Sobre as caminhadas que decorreram entre março e junho pretendo ainda fazer uma pequena reflexão, a publicar mais tarde. Sobre este piquenique só falta dizer que foi uma excelente ideia. Estou certo que, se no próximo ano continuarem a realizar caminhadas, haverá mais piqueniques de caminheiros (quem sabe se não os haverá antes do próximo ano...).
Parabéns as todos os que marcaram presença e em especial àqueles que se esforçaram um pouco mais, quer planificando e comprando, para que não faltasse nada, quer aos que confecionaram, lavaram a louça, ofereceram o vinho, etc.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

A ACDZ de Parabéns

A Associação Cultural e Desportiva de Zedes (ACDZ) este ontem de parabéns. São já 31 anos de atividades, contando ao longo destes anos com períodos de maior atividade, outros de menor, mas sempre foi um elemento agregador da população de Zedes, a residente a aquela que se encontra espalhada pelos 4 continentes.
O programa deste 31ª aniversário iniciar-se com a celebração de uma missa na igreja matriz.
Teve lugar a seguir, já no salão da sede da Associação, um par de palestras uma denominada Plantas "Mágicas", proferida pelo Prof. Aníbal Gonçalves, filho da terra e a segunda sobre a temática A estética no quotidiano de uma comunidade local, proferida pelo escultor Helder de Carvalho.
Na primeira interversão foram recordadas e dadas a conhecer espécies vegetais autóctones que tiveram, algumas ainda têm, grande interesse na alimentação da população local, ou como plantas aromáticas e/ou medicinais. Também foram apresentadas algumas espécies às quais se atribuem poderes especiais e outras venenosas.
 Na apresentação do escultor Helder de Carvalho foram apresentadas algumas conclusões sobre a estética e a noção do belo na população do concelho. Este estudo, que incidiu sobre a estética há alguns anos atrás, mostrou que essa comunidade usava cores sóbrias, motivos geométricos, não desperdiçava recursos e respeitava um compromisso entre a aparência e a funcionalidade. Em todas as profissões e atividades culturais as preocupações estéticas estavam presentes e continuam presentes, sendo necessário fazer um inventário e um registo sistemático, para que estes património imaterial seja preservado.
É de salientar que para além da população local, que seguiu estas apresentações com muita atenção e até participação, esteve também presente um grupo de jovens escuteiros da vizinha Espanha, que participaram em todas as atividades.
Seguiu-se, ao final da tarde, um lanche convívio onde não faltaram algumas iguarias locais e um grande bolo de aniversário. Depois de cantados os parabéns (em duas línguas!) e de agradecida a presença e participação teve lugar um encontro de futebol de cinco.
Numa aldeia casa vez mais desertificada, estas iniciativas são de estrema importância. Houve tempo para a fé, para a cultura, para o desporto, mas, sobretudo para o encontro e convívio entre pessoas de gerações distintas. Funcionou, também, como pontapé de saída para dias mais agitados que se aproximam, com a chegada de muitos dos filhos da terra que, todos os verões, regressam a Zedes para matarem saudades.
Parabéns à ACDZ pela sua longevidade e por mais esta iniciativa.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

em Pinhal do Norte

A fotografia foi tirada durante a Rota das Maias, iniciativa da Associação Cultura Recreativa de Pombal de Ansiães, mas a fotografia foi tirada em Pinhal do Norte.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Pombal

Vista parcial da aldeia do Pombal, em Carrazeda de Ansiães.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

II Caminhada por Terras de Beira Grande (2)

 Mais algumas fotografias da II Caminhada por Terras de Beira Grande.
Na primeira vê-se o momento do reforço, com uma paisagem fantástica para o rio Douro.

Nesta imagem vemos o grupo dos caminheiros e, parece que está próximo, mas não está, uma aldeia do outro lado do rio Douro. Não sei o nome da aldeia. O amigo António Joaquim "comanda" o grupo.
Um grupo de caminheiros já com vasta experiência, oriundos de Carrazeda de Ansiães, Linhares e Marzagão (e Peredo dos Castelhanos!).

domingo, 8 de julho de 2012

Pic-Nic dos Caminheiros

Pic-Nic de Caminheiros (2012)
No dia 22 de Julho, na Zona de Lazer da Piscina Municipal de Carrazeda de Ansiães.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

II Caminhada por Terras de Beira Grande

 No dia 24 de junho realizou-se em Beira Grande o II Passeio Pedestre, com o nome de II Caminhada por Terras de Beira Grande. À tarde realizaram-se atividades relacionadas com o S. João.
A primeira realização do evento teve lugar mais cedo, a 12 de junho de 2011, mas, como este ano se realizaram um conjunto pouco habitual de caminhadas e percursos pedestres, o calendário foi ficando mais preenchido e não foi fácil conseguir encaixar mais uma. Ainda bem que há esta preocupação, porque os caminheiros gostam de poder participar e é mais fácil se não houver sobreposição.

Apesar do calor que já se fazia sentir, a freguesia de Beira Grande tem atrativos mais do que suficientes para proporcionar percursos com paisagens lindíssimas e eu não queria desperdiçar esta oportunidade.
A concentração aconteceu pelas 8 da manhã junto ao largo da Igreja Matriz. Como vem sendo habitual, o mini autocarro da Câmara Municipal transportou um grupo de caminhantes desde Carrazeda, mas os habitantes locais, de distintas faixas etárias, também marcaram presença.
Mesmo com uma deficiente publicitação inscreveram-se perto de 60 pessoas.
Depois de distribuídos um boné e uma t-shirt alusivos ao evento, e feitas algumas observações pelo Presidente da Junta de Freguesia, o grupo arrancou para a Costa, o monte onde se situa Nª Sª da Costa, de Seixo de Ansiães. As marcações estavam feitas com fitas, não era recomendável que as pessoas caminhassem isoladas, sob pena de se perderem do grupo.
Desde cedo que o sol mostrou a sua fúria e perseguiu os caminhantes de forma persistente até final da caminhada.
 O percurso estendeu-se pelo Campo, Vale Curvado, Almares, Formarigo, Fonte das Vinhas e Cascalheira. No alto da encosta, a 600 metros de altitude, adivinhar-se o vale, com o Douro, mas não se via. Quando se entrou numa zona descendente começaram a aparecer as vinhas, aquelas que justificam o nome de Alto Douro Vinhateiro. Devemos ter passado perto de um marco geodésico, do Arejadouro, mas não o vi. Em determinados pontos deu também para apreciar Lavandeira e o altaneiro castelo de Ansiães. Avistavam-se algumas aldeias do outro lado do rio, mas o meu conhecimento geográfico dessa área é mais reduzido do que o que tenho do concelho de Carrazeda.
O reforço foi servido numa curva acentuada do caminho. Desse ponte avistava-se o rio Douro quase até à estação de Freixo de Numão. Reconheci Coleja, Pinhal do Douro e a famosa queda de água, entre elas. O ano vai seco e não se avistava água alguma. Também se encontrava completamente envolta em sombra. Os olhos conhecedores de alguns habitantes da aldeia, trabalhadores do campo, reconheciam sem esforço todas as quintas em redor. Alguns nomes são-me familiares: Quinta da Coelheira, Quinta da Sª da Ribeira, Quinta do Comparado, Quinta do Vesúvio, já do lado de lá do rio, foram algumas das que se avistaram.
Os participantes temiam as horas de calor e não estavam muito dispostos a admirar a paisagem, com muita pena minha. Por isso, fui ficando na retaguarda do "pelotão", esquecendo o grupo e usufruindo das vistas únicas, razão forte da minha participação nesta caminhada.
 Estávamos perto de atingir o ponto de menor altitude, 360 metros. A ambulância dos bombeiros não tinha mais condições para acompanhar os participantes e desceu até à Quinta do Comparado, para subir pela estrada (bem que eu gostava de ir nela até ao miradouro!). A certa altura apercebe-mo-nos que algumas pessoas estavam a gesticular na encosta, do outro lado do vale! Três jovens tinham-se enganado no caminho e seguido em frente, quando era preciso voltar à direita. Depois de se aperceberam que estavam sozinhos, voltaram para trás, mas já não encontraram ninguém. Por sorte, nós, os últimos do grupo, vimo-los. Foram auxiliados, mas estavam bastante fatigados e assustados.
Resolvido este contratempo e imaginando o resto do grupo a alguns quilómetros de distância, só restava seguir calmamente, doseando o esforço, porque estávamos a subir e a temperatura já era muito alta. Passámos por Vais, Fonte D'Ouro, Cusqueira, Eiras e Lameirinha. Quando chegámos à estrada, perto da ribeira do Síbio, o autocarro esperava-nos. Estávamos a 2 km de Beira Grande e ainda era relativamente cedo (11 horas). Decidimos fazer o percurso até à aldeia a pé. Pelo caminhos encontrámos um simpático casal transportado numa carroça puxada por um burrico. A conversa com eles "encurtou" o caminho.
 O almoço foi servido na sede da Junta de Freguesia, que não é mais do a primeira Escola Primária da aldeia, recuperada. Da ementa constou sopa (caldo verde ou canja, à escolha) e rancho. Havia vinho, cerveja, sumo e água à descrição. Como sobremesa foi servido melão, maçãs, peras e cerejas.
 Ao grupo de caminheiros juntaram-se mais algumas pessoas, que encheram o salão. O almoço decorreu com muito boa disposição e sem pressas. Aliás tão devagar que no final começaram a servir sardinhas assadas e barriga de porco que estavam previstas para a tarde, no convívio das festas de S. João.
Como balanço desta caminhada há vários aspetos que podem ser realçados. O montante pago, 8 €, depois reduzido a 7, foi o mais elevado das caminhadas da temporada e acabou por afastar algumas pessoas; o percurso foi muito bom, quer no traçado quer na extensão, dadas as condições climatéricas existentes; o apoio dos bombeiros e fornecimento de água esteve muito bem.
Um aspeto que não posso deixar de realçar foi a simpatia e boa disposição da população de Beira Grande e do seu Presidente (que desfez a errada ideia com que tinha ficado na festa de S. António).
Aproveitei o facto de estar na aldeia para fazer um largo passeio, conversei com muitas pessoas, mas isso é assunto para outras reportagens.
GPSies - Beira Grande - II Passeio Pedestre