As vindimas já acabaram, mas não posso deixar de falar do que foi um excelente dia passado no Vilarinho da Castanheira.
Mais uma vez tive o prazer de me deslocar, com a minha família, à Casa da Dona Urraca, desta vez para colaborarmos na vindima. Não consigo saber se o que me entusiasmava mais era o facto de participar nesse ritual, que me desperta muitas recordações, se a possibilidade de fazer um bom conjunto de fotografias em cenários diferentes, que adivinhava interessantes.
Não foi necessário madrugar muito e o dia estava fantástico. O céu estava de um azul impressionante e as uvas apetitosas, doces, em belos cachos, sem grandes sinais de doenças ou secura. O grupo de pessoas, penso que todos ligados à família Freixinho, realizava o trabalho de uma forma tranquila, uma vez que a vinha é mesmo junto às habitações da quinta.
O almoço teve lugar pouco depois do meio dia. O ar livre abre sempre o apetite, mesmo que o trabalho seja suave. Alheira, presunto, queijo, chouriço, azeitonas e melão foram alguns dos alimentos. O que chamou mais a minha atenção foram as bolas fritas, muito fofas e apetitosas.
Pela tarde apanhámos o resto das uvas. Já no lagar, os mais novos tiveram oportunidade de fazerem o seu baptismo a pisar as uvas e os restantes recordaram tempos idos, quando as coisas não eram feitas em ambiente de festa.
Provou-se o "tratado" que foi acompanhado pelas tais bolas fritas, que me pareceram ainda mais saborosas.
Depois de terminados os trabalhos no lagar, sobrou-me ainda algum tempo para me deslocar ao Pinhal do Douro, mas disso falarei noutro dia.
Foi mais um excelente dia passado no Vilarinho, em companhia de amigos, a quem tenho que agradecer momentos inesquecíveis.
4 comentários:
Um almoço merecido porque também se viu trabalho!
E... pisar as uvas tb dá que fazer.LOl
Beijinhos para toda a família.
Lurdes
No blog " Ventos do Nordeste" poderá tomar conhecimento de como eram as vindimas em Vilarinho da Castanheira, em que eu participei na minha adolescência, há ... 60 anos.
Apreciei muito o seu trabalho. Parabéns.
Cordiais saudações.
Cajoco
quarta-feira, 28 de Outubro de 2009
Vilarinho da Castanheira / Vindima Sec. XX Anos 50
A vindima
Recordar a lida do campo de outros tempos. Da enxertia, passando pela poda, cava, sulfatação e vindima.
Acompanhava a vindima nas vinhas de S. Bartolomeu, das Olgas, da Fraga dos Pais e nas Fontaínhas.
Mãos ágeis das mulheres cortavam as uvas e lançavam-nas para as cestas de asa. Cheias de uvas as cestas eram despejadas em canastras e transportadas pelas as bestas para os lagares.
A pisa das lagaradas de uvas era feita, pelos homens descalços de ceroulas arregaçadas e pernas “tintadas”, no lagar de pedra.
O transporte do vinho era feito pelas bestas em engarelas para quatro cântaros, ou pelas mulheres com um cântaro à cabeça, para armazenamento do vinho tinto forte e rubro nas pipas e nos tonéis.
O processo de produção da água ardente, feita a partir do bagaço, tinha lugar na alquitarra.
Havia ainda a jeropiga (bebida feita de mosto, aguardente e açúcar).
Em Vilarinho as vindimas não paravam durante semanas.
Cajoco
Publicada por jorge em 19:59 0 comentários
Etiquetas: CASOS DA VIDA REAL
quarta-feira, 28 de Outubro de 2009
Vilarinho da Castanheira / Vindima Sec. XX Anos 50
A vindima
Recordar a lida do campo de outros tempos. Da enxertia, passando pela poda, cava, sulfatação e vindima.
Acompanhava a vindima nas vinhas de S. Bartolomeu, das Olgas, da Fraga dos Pais e nas Fontaínhas.
Mãos ágeis das mulheres cortavam as uvas e lançavam-nas para as cestas de asa. Cheias de uvas as cestas eram despejadas em canastras e transportadas pelas as bestas para os lagares.
A pisa das lagaradas de uvas era feita, pelos homens descalços de ceroulas arregaçadas e pernas “tintadas”, no lagar de pedra.
O transporte do vinho era feito pelas bestas em engarelas para quatro cântaros, ou pelas mulheres com um cântaro à cabeça, para armazenamento do vinho tinto forte e rubro nas pipas e nos tonéis.
O processo de produção da água ardente, feita a partir do bagaço, tinha lugar na alquitarra.
Havia ainda a jeropiga (bebida feita de mosto, aguardente e açúcar).
Em Vilarinho as vindimas não paravam durante semanas.
Cajoco
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