quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Vindima na Casa Dona Urraca


As vindimas já acabaram, mas não posso deixar de falar do que foi um excelente dia passado no Vilarinho da Castanheira.
Mais uma vez tive o prazer de me deslocar, com a minha família, à Casa da Dona Urraca, desta vez para colaborarmos na vindima. Não consigo saber se o que me entusiasmava mais era o facto de participar nesse ritual, que me desperta muitas recordações, se a possibilidade de fazer um bom conjunto de fotografias em cenários diferentes, que adivinhava interessantes.

Não foi necessário madrugar muito e o dia estava fantástico. O céu estava de um azul impressionante e as uvas apetitosas, doces, em belos cachos, sem grandes sinais de doenças ou secura. O grupo de pessoas, penso que todos ligados à família Freixinho, realizava o trabalho de uma forma tranquila, uma vez que a vinha é mesmo junto às habitações da quinta.

O almoço teve lugar pouco depois do meio dia. O ar livre abre sempre o apetite, mesmo que o trabalho seja suave. Alheira, presunto, queijo, chouriço, azeitonas e melão foram alguns dos alimentos. O que chamou mais a minha atenção foram as bolas fritas, muito fofas e apetitosas.
Pela tarde apanhámos o resto das uvas. Já no lagar, os mais novos tiveram oportunidade de fazerem o seu baptismo a pisar as uvas e os restantes recordaram tempos idos, quando as coisas não eram feitas em ambiente de festa.

Provou-se o "tratado" que foi acompanhado pelas tais bolas fritas, que me pareceram ainda mais saborosas.
Depois de terminados os trabalhos no lagar, sobrou-me ainda algum tempo para me deslocar ao Pinhal do Douro, mas disso falarei noutro dia.

Foi mais um excelente dia passado no Vilarinho, em companhia de amigos, a quem tenho que agradecer momentos inesquecíveis.

4 comentários:

Lurdes Neves disse...

Um almoço merecido porque também se viu trabalho!
E... pisar as uvas tb dá que fazer.LOl
Beijinhos para toda a família.
Lurdes

Anónimo disse...

No blog " Ventos do Nordeste" poderá tomar conhecimento de como eram as vindimas em Vilarinho da Castanheira, em que eu participei na minha adolescência, há ... 60 anos.
Apreciei muito o seu trabalho. Parabéns.
Cordiais saudações.

Cajoco

Anónimo disse...

quarta-feira, 28 de Outubro de 2009
Vilarinho da Castanheira / Vindima Sec. XX Anos 50
A vindima

Recordar a lida do campo de outros tempos. Da enxertia, passando pela poda, cava, sulfatação e vindima.
Acompanhava a vindima nas vinhas de S. Bartolomeu, das Olgas, da Fraga dos Pais e nas Fontaínhas.
Mãos ágeis das mulheres cortavam as uvas e lançavam-nas para as cestas de asa. Cheias de uvas as cestas eram despejadas em canastras e transportadas pelas as bestas para os lagares.
A pisa das lagaradas de uvas era feita, pelos homens descalços de ceroulas arregaçadas e pernas “tintadas”, no lagar de pedra.
O transporte do vinho era feito pelas bestas em engarelas para quatro cântaros, ou pelas mulheres com um cântaro à cabeça, para armazenamento do vinho tinto forte e rubro nas pipas e nos tonéis.
O processo de produção da água ardente, feita a partir do bagaço, tinha lugar na alquitarra.
Havia ainda a jeropiga (bebida feita de mosto, aguardente e açúcar).
Em Vilarinho as vindimas não paravam durante semanas.

Cajoco
Publicada por jorge em 19:59 0 comentários
Etiquetas: CASOS DA VIDA REAL

Anónimo disse...

quarta-feira, 28 de Outubro de 2009
Vilarinho da Castanheira / Vindima Sec. XX Anos 50
A vindima

Recordar a lida do campo de outros tempos. Da enxertia, passando pela poda, cava, sulfatação e vindima.
Acompanhava a vindima nas vinhas de S. Bartolomeu, das Olgas, da Fraga dos Pais e nas Fontaínhas.
Mãos ágeis das mulheres cortavam as uvas e lançavam-nas para as cestas de asa. Cheias de uvas as cestas eram despejadas em canastras e transportadas pelas as bestas para os lagares.
A pisa das lagaradas de uvas era feita, pelos homens descalços de ceroulas arregaçadas e pernas “tintadas”, no lagar de pedra.
O transporte do vinho era feito pelas bestas em engarelas para quatro cântaros, ou pelas mulheres com um cântaro à cabeça, para armazenamento do vinho tinto forte e rubro nas pipas e nos tonéis.
O processo de produção da água ardente, feita a partir do bagaço, tinha lugar na alquitarra.
Havia ainda a jeropiga (bebida feita de mosto, aguardente e açúcar).
Em Vilarinho as vindimas não paravam durante semanas.

Cajoco
Publicada por jorge em 19:59 0 comentários
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