segunda-feira, 3 de setembro de 2007

XII Feira da Maçã, do Vinho e do Azeite


Ontem foi dia de um passeio “À Descoberta”, por Carrazeda. O programa da XII Feira da Maçã, do Vinho e do Azeite, prometia uma tarde e noite animadas: missa, procissão, feira e música da banda Metamorphosis.
O cartaz da feira, de design moderno e parco em palavras, anunciou uma Super Nova, que pensei ser um espectáculo de astronomia, um artista mistério (The Mistery Artist), que não era o Abrunhosa...
No dia 2 de Setembro, a Feira ganhou contornos de festa religiosa votando para o esquecimento a Festa da Senhora da Graça, da qual tenho muitas saudades. De qualquer forma, os homens (e mulheres) de fé contavam com os Padroeiros do Concelho, seja lá o que isso for.
O dia estava muito quente. Esperei calmamente que se iniciasse a procissão enquanto passei em revista as obras no centro da vila. Pouco depois das quatro da tarde, fui-me aproximando da igreja. Foram chegando carrinhas com andores que supostamente seriam os Padroeiros do Concelho. A maioria das freguesias trouxe o seu padroeiro, outras trouxeram imagens de outros santos, talvez com mais "prestígio" na freguesia ou no concelho. Algumas houve, que não se fizeram representar.
Calmamente, aproveitei para fazer fotografias, enquanto os vários andores se foram organizando.
Terminada a Eucaristia, tomei posição na rotunda, juntamente com muitas centenas de pessoas. Tal como noutros locais, a percentagem dos que participam activamente na procissão frente aos que assistem à sua passagem, é ínfima. Reinou alguma confusão se a procissão devia seguir para o Fundo da Vila mas acabou por subir para a Rua Eng. Camilo Mendonça. Um a um, foram passando os estandartes e os andores das diferentes freguesias, todos ricamente enfeitados com flores naturais. Encerrava o cortejo o andor de Santa Águeda, padroeira de Carrazeda de Ansiães.

Apesar das horas de maior calor já terem passado, a progressão foi lenta, demorando os andores quase duas horas a regressar junto à Igreja Matriz.
Viveu-se nesse momento um dos pontos mais bonitos da procissão, quando todos os estandartes e andores se concentraram em volta da rotunda para uma oração final.
A Banda de Gaita de Mazeda e a Banda de Música de Vila Flor, que tinham acompanhado a procissão, emprestavam maior solenidade ao momento. Quando o Sol se escondeu, os andores recolheram ao seu local de origem e eu aproveitei para visitar a igreja. Não me recordo de alguma vez ter entrado nesta igreja. O ambiente no interior era de recolhimento, com algumas pessoas rezando. A tranquilidade era tal, que senti que a minha presença, o flash da máquina não combinavam com o local e o momento. Arrisquei algumas fotografias sem flash. A igreja é simples mas bonita.
Numa capela lateral havia uma linda imagem que me pareceu Nossa Senhora das Dores, não sei se será. Entre muitas outras imagens, gostei também de Santa Bárbara, à direita, próximo da entrada.
Dali dirigi-me à feira. O bilhete era de 3 euros, mas os mais novos não pagaram. Achei caro, mas sem visitar a Feira não podia avaliar se valia, ou não, a pena.

Entrei no pavilhão, à direita e fiz um passeio de reconhecimento. O azeite, as maçãs, o vinho, estavam lá todos. Também o artesanato, os casacos de peles, os livros, juntamente com a caça, o hardware, etc. Terminada a visita, preparava-me para passar ao pavilhão seguinte, mas não havia mais!
Pelo menos havia ao lado um enorme pavilhão, com meia dúzia de restaurantes, a transbordar de clientes. A falta de expositores foi compensada pelo número de restaurantes. Havia muita gente para jantar e demorei bastante tempo a ser servido. Quando me dirigi de novo ao pavilhão, para uma visita mais demorada, um segurança disse-me que não podia entrar, ia encerrar! Só me restava a música.
A banda, Metamorphosis, tinha um bom conjunto de metais. O seu som era claro, ritmado, convidando à dança a cada nova música. Infelizmente as pessoas eram poucas e estavam apáticas. Vozes à parte, a banda era uma boa banda de baile, pena que o local e a disposição dos presentes não estavam para aí virados.
Foi uma tarde/noite agradável. Encontrei familiares, amigos, caminhámos um pouco, comemos e até dançámos. A feira valeu por isso. Fico à espera de mais e melhor.

6 comentários:

Anónimo disse...

Também fui à feira e gostei. Já não ia há uns tempos, com tanto tempo, passe o pleonasmo, a Carrazeda e pude verificar, com agrado, que a vila cresceu, progrediu. Tem muitas construções e espaços de lazer novos, arquitectados de forma harmónica e ordenada. Casa bem o moderno com o rústico, a ruralidade de alguns espaços,tornando-a mais desenvolta, jovial e moderna.O primeiro pensamento que tive, ao revê-la de forma mais atenta e pormenorizada, foi: os autarcas desta vila estão de parabéns, porque têm-se preocupado em melhorar as condições de vida, proporcionando-lhes mais conforto e bem-estar, dos seus habitantes e dos do concelho.Em tudo isto há apenas um senão, a dificuldade nos acessos à mesma, porquanto continuam a ser muito sinuosos e, alguns, bastante decrépitos. Carrazeda é,presentemente, assim, qual viçosa flor rodeada de escarpas e acúleos. É pena!

Unknown disse...

Anibal,

Parabéns por esta "cronicoreportagem".

RuiCMartins disse...

Parabéns pela excelente reportagem, sempre acompanhada pelas habituais fotografias "de mestre"!

AG disse...

Obrigado a todos pelas visitas ao Blog e em especial ao Rui Lopes, companheiro de reportagens e ao Rui Martins pelo destaque que deu a este Blog no Pensar Carrazeda.
Um abraço

Anónimo disse...

Aníbal:
Estás de parabéns no que diz respeito ao conteúdo do teu artigo.
Gostei e posso dizer que na verdade há quem veja esta vila com olhos de ver.
Obrigado também pelas magnificas fotografias.
Sudações Desportivas.
Carlos Fernandes

Anónimo disse...

Após leitura do seu artigo fiquei maravilhada com o conteúco. Fez uma análise do assunto fabulosa. Parabéns pela sua excelente visão e como a desenvolveu.