Não há metáforas para esta beleza.
Resta ao olhar, em silêncio,
ficar a contemplá-la
até que o tempo deixe de ser tempo
e se torne linhas de espera
a aprisionarem a noite.
Último paragrafo
do livro dos negrilhos
escrito pelos ventos.
Poema escrito pelo poeta João de Sá, no seu livro "Pelo Sinal da Terra", 2010.
Fotografia: Parambos; a caminho da Fonte Nova.
1 comentário:
Maravilhoso poder ver o nosso mundo pelo olhar do outro.
Eu conheço essas couves que verdejam apesar do frio intenso.
Eu vi crescer, no seu lento crescimento, essa oliveira que me há-de ver envelhecer.
Eu vi desde sempre essa paisagem em que nunca me canso de voar.
E risco em pensamento um esboço desse lugar.
Que nunca se há-de apagar.
Abraço.
Li Malheiro
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