Eram altas horas.
A torre bateu
Suaves, sonoras.
Contei!...
Absorto fiquei.
Uma borboleta pousou
No dorso da minha mão,
E exausta, ficou
Presa, à sua condição:
- Cega, à luz que encadeia; -
E eu, de repente,
Como quem nada receia,
- Irreflectidamente, -
Co'a minha pena malvada,
Vibrei-lhe cruel estocada!
E, inerte, não se moveu...
De novo olhei para ela,
E as asitas bateu,
Voando pela janela.
A sorrir fiquei eu,
E a rir, se foi ela.
Linhares, Junho 19
Poema da autoria de
Morais Fernandes, do livro
Fogo e Lágrimas 2.
Fotografia: Janela, em
Ribalonga.
1 comentário:
Olá, bom dia!
Lindo poema e, não menos bela a foto que o ilustra!
Parabéns!
Anita
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