Ontem, dia 13 de Junho desloquei-me a Carrazeda de Ansiães para visitar a Feira do Livro, que vai já XXII edição.
Quase sem querer, entrei pelo fundo vila e foi parar o local certo, espaço verde junto à Biblioteca Municipal. Pretendia tirar algumas fotografias para uso posterior e encontrei a feira, sem querer, visto que estava a contar com ela no salão dos Bombeiros, onde se realizou pelo menos nos anos em que eu a visitei.
O dia (tarde) estava destinado à “prata da casa” com actuação de Associações do concelho e lançamento do livro “Poesia Temática”, de Ramiro Mercides Esteves, natural de Codeçais. Na abertura da feira desfilaram os tradicionais Zingaros de Carrazeda, também conhecidos por Zés Pereiras. As gaitas, os bombos e demais músicos e figuras animam qualquer festa e a tarde prometia ser animada.
Também actuou um grande grupo de jovens aprendizes, tocando violas e cavaquinhos, acompanhados por acordeões. Integrava jovens de várias freguesias que frequentam aulas de música. Foram apresentados alguns sketch de teatro e, às 17 horas , foi feita apresentação do livro de poesia. Curiosamente o livro não se encontrava à venda na feira, e, mesmo depois da sua apresentação não me foi possível encontrá-lo. Tentei adquiri-lo e pedir um autógrafo ao autor, mas não encontrei nem um, nem outro!
Dei uma volta pelas diferentes barraquinhas à procura de outros livros para adquirir. Algumas nem chegaram a abrir! Não se pode dizer que os livros estavam expostos. Estavam colocados em pilhas, de forma pouco prática e pouco apelativa. Pela família, acabámos por comprar perto de 100€ em livros. Daqueles que eu escolhi, sobre o concelho e editados pela Câmara Municipal, vou receber pelo correio um recibo da sua aquisição, dos restantes, nada feito.
Do meu lote destaco um pequeno livro de Ana Mafalda Damião, “Subsídios para o Estudo Hagiográfico”. Em poucas palavras, trata-se de um inventário das imagens de santos e santas existentes nas igrejas e capelas do concelho. Não será um tema que interesse a todos, mas, ainda na noite anterior tinha passado bastante tempo a tentar identificar uma imagem de Santa Clara da igreja de Fontelonga. Estava mesmo a precisar deste livrinho! Comprei mais três, de autores bem conhecidos, do concelho, que espero algum dia divulgar aqui.
Passei o resto da tarde a conversar com amigos e conhecidos, sobre livros, fotografias, blogues e outras banalidades.
Fiquei com a sensação que o espaço usado este ano para a feira é propício a este tipo de encontros. Em frente do palco não faltou gente, aplaudindo entusiasmada, mas, quanto a mim, os livros ficaram a perder, com a forma como estavam expostos. O estado do tempo nem sempre foi o mais favorável, nos dias em que decorreu a feira. Talvez também tenha ficado com a impressão própria do último dia, mas, o que interessa, é que encontrei livros para ler e “para o ano há mais”.
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